Segundo o Instituto Memória Musical Brasileira (IMMUB), foram lançados por Marlene um total de 75 discos de 78 rotações, mais 14 LPs/CDs de carreira, sete compactos e sete coletâneas, além de 64 participações especiais realizadas em discos coletivos ou de outros artistas. Uma discografia que tem como data de nascimento o dia 21 de junho de 1946, que foi quando ela entrou pela primeira vez num estúdio para gravar como solista.
Feito pela gravadora Odeon, o disco (número 12.716-A, matriz 8067) chegou ao mercado em agosto de 46. Trazia no lado A o samba-choro Swing no morro, de Amado Régis e Felisberto Martins, e no B o samba Geme, geme, moreno, de João de Deus e Hélio Nascimento. Duas composições que, se hoje são desconhecidas do grande público, por outro lado guardam a importância histórica de terem sido as primeiras gravadas na voz de Marlene.
Das duas, o destaque é de Geme, geme, moreno – samba em que ela é acompanhada pelos Brazilian Serenaders e em cuja letra já exaltava (talvez sem querer) uma das características mais marcantes de sua carreira: a dança.
Geme, geme, moreno
João de Deus e Hélio Nascimento
O brasileiro só dança uma conga
Ou uma rumba na falta de um samba
O chorinho é gostoso dançar
Quando é bem gingado
O brasileiro quando cai no samba
Ginga, ginga e faz um “de babado”
Faz um passinho dengoso
Deixando quem vê abafado
E eu que sempre dancei tudo
Tudo que aparecesse
Mas não vem um samba, ai...
Só se eu não percebesse
Quando toca um choro
E alguém me estende a mão
Saio dançando feliz e contente
Pelo salão
Clique aqui para ouvir Marlene cantando Geme, geme, moreno ou aqui para ouvir sua interpretação para Swing no morro.
legal
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