Os 10 de 2014: da lambada às marchinhas, a veia zombeteira de Rafael Vieira Jr.

Jinglista e publicitário há três décadas, Rafael Vieira Júnior está acostumado a compor ao gosto do freguês. Com mais de 600 jingles no currículo, já fez música para campanhas políticas, empresas e produtos os mais diversos. Também já tinha feito música fora da publicidade (especialmente na lambada e no axé), mas marchinha mesmo ele começou a fazer há cinco anos, e justamente para tentar a sorte na Fundição Progresso. “Já fiz música sobre o BBB, sobre o Senado Federal e nada. Acho que agora acertei a mão”, conta o compositor, que apostou nas piadas de duplo sentido para criar Aplicando na poupança e, enfim, disputar o Concurso. Músico amador desde a adolescência em Jequié (BA), onde nasceu há 57 anos, Rafael se aproximou de vez das cantorias na década de 70, quando se mudou para Salvador e virou figurinha fácil nas mostras de som que rolavam na Universidade Federal da Bahia, onde estudava Geologia. Mudou-se para São Paulo (em 2005) e seguiu na vida de publicitário, sem nunca deixar de compor – ele já teve músicas gravadas pela Banda Mel e por Margareth Menezes. “É claro que quem entra em concurso pensa em ganhar, mas só de estar na final e participar daquele baile lindo – que até hoje só vi pela TV – me sinto um vencedor”, diz o finalista, que também é o intérprete de sua marchinha, gravada com arranjo de Bia Paes Leme.

Aplicando na poupança
Rafael Vieira Júnior

Enquanto a bolsa cai e o dólar sobe
Salário é o primeiro que dança
E se a crise mundial explode
Eu que não sou otário
Só aplico na poupança

Abre a poupança, meu amor
Que eu vou fazer aplicação
Eu sou um bom investidor
E sei que o meu negócio vai crescer na sua mão

Clique aqui para ouvir a gravação de Aplicando na poupança, na interpretação de Rafael Vieira Júnior.