Nas eleições de 3 de outubro de 1950, quando Getúlio Vargas voltou à presidência da República por via democrática (após 15 anos como ditador, de 1930 a 45), a trilha-sonora da vitória foi uma marchinha de carnaval. “Bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar”, cantava o povo, repercutindo a composição de Haroldo Lobo e Marino Pinto lançada por Francisco Alves – após gravação realizada em 16 de outubro de 1950, na Odeon. O sucesso foi tanto que estendeu as comemorações pela eleição de Getúlio Vargas até o carnaval de 1951.

Retrato do velho não foi a primeira marchinha política, mas é a mais lembrada, especialmente como precursora de jingles poderosos, como os das campanhas presidenciais de Jânio Quadros em 1960 (Varre, varre, vassourinha) e Ulysses Guimarães em 1989 (Bote fé no velhinho).
Marino Pinto e Haroldo Lobo
Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar (2x)
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar (2x)
Eu já botei o meu
E tu... não vais botar?
Já enfeitei o meu
E tu... vais enfeitar?
O sorriso do velhinho
Faz a gente se animar (2x)
Clique aqui para ouvir Retrato do velho na gravação original, de Francisco Alves – que na foto desse post segura o 'retrato do velho' com Haroldo Lobo.
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