Mas o fato é que quem quisesse encontrar Haroldo Lobo sabia que tinha que ir à Urca, onde ele passava os dias a zelar pela ordem. Pois era lá, no bairro pacato em que fervilhava o Cassino da Urca (em atividade até 1946), que parceiros iam procurar nosso personagem para arrematar composições ou intérpretes iam sondá-lo em busca de um estouro para o próximo carnaval.
Nelson Gonçalves |
No estúdio da RCA Victor, foi Nelson quem propôs, no dia da gravação (9 de outubro de 1949), que Serpentina fosse lançada em ritmo de marchinha, mais ligeira, facilitando a comunicação com o público. O disco saiu em janeiro de 1950 e Serpentina chegou a fevereiro já como uma das músicas mais cantadas daquele carnaval.
Parceiro de Haroldo Lobo em Serpentina, o jornalista David Nasser (repórter da badalada revista O Cruzeiro) aproveitaria o tema para emplacar outra marchinha, na folia de 1952: Confete (“pedacinho colorido de saudade”), parceria com Jota Júnior e último sucesso carnavalesco de Francisco Alves.
Serpentina
Haroldo Lobo e David Nasser
Guardo ainda bem guardada a serpentina
Que ela jogou
Ela era uma linda colombina
E eu um pobre pierrô
Guardei a serpentina que ela me atirou
Brinquei com a colombina até as sete da manhã
Chorei quando ela disse “Vou-me embora...
Até amanhã! Pierrô, até amanhã!”
Clique aqui para ouvir a gravação original de Serpentina, com Nelson Gonçalves.
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