terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Nota: morre Homero Ferreira, nosso 1º campeão e autor de 'Me dá um dinheiro aí'

Foto: Léo Aversa / O Globo
Homero Ferreira e seu violão na Fundição Progresso, onde
brilhou em 2006 com a vitória de 'Milagre do Viagra'
na primeira edição do Concurso de Marchinhas

É com imenso pesar que o blog do Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas da Fundição Progresso informa o falecimento do querido compositor Homero Ferreira, ontem, em sua residência, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Homero foi o primeiro campeão da história do Concurso de Marchinhas, em 2006, quando a bem-humorada Milagre do Viagra (de sua autoria, com Chiquinho) foi eleita a melhor entre as dez finalistas daquele ano pelos telespectadores do Fantástico. Clique aqui para ver o compositor cantando a marchinha campeã de 2006 (e sendo coroado por Perfeito Fortuna) no palco da Fundição ou aqui para ver o clipe da música no Fantástico.

No ano seguinte, Homero se classificou novamente para a final do Concurso de Marchinhas, com Falso arlequim – marcha dele e do parceiro Didi Farag que incendiou o salão da Fundição com seus dois andamentos diferentes: lento no início (como marcha-rancho) e acelerado na segunda parte (como marchinha). Clique aqui para ver e ouvir Falso arlequim na interpretação do próprio compositor.

É também da autoria de Homero Ferreira um dos maiores clássicos do carnaval em todos os tempos: a marchinha Me dá um dinheiro aí, parceria dele com os irmãos Glauco e Ivan Ferreira que se tornou o maior sucesso do carnaval de 1960. “Ei! Você aí! Me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí!”, cantaram os foliões naquele ano, fazendo coro com o ator e intérprete Moacyr Franco, primeiro a gravar a famosa marchinha, todo vestido de mendigo, como se vê neste trecho do filme Entrei de gaiato, de J.B. Tanko (clique aqui para assistir). A música foi feita originalmente para o programa humorístico de TV A praça da alegria (de Manoel da Nóbrega), que tinha o mendigo Moacyr Franco como uma de suas atrações.

Homero Ferreira tinha 86 anos e, além de compositor e violonista (instrumento que aprendeu a tocar na infância), ganhou a vida como bancário, profissão na qual se aposentou. O sepultamento foi realizado no início da tarde de hoje, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

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